terça-feira, 23 de março de 2010

Opressão e Resistência/ Autonomia e Heteronomia

                                 DEUS CRIADOR DO MUNDO
                                     UM DEUS COMPASSIVO

                                            A TEORIA DO  EVOLUCIONISMO

                               OPRESSÃO E RESISTẾNCIA




OPRESSÃO

                                                                   RESISTẾNCIA

TRIPLA OPRESSÃO: POR SER MULHER, POR SER POBRE E POR SER NEGRA


PÃO DO DIA, PAZ E JUSTIÇA PARA TODOS = PAZ DUAS VEZES PAZ


OPRESSÃO E RESISTẾNCIA; HETERONOMIA E AUTONOMIA


INTRODUÇÃO

       Homem, único ser dotado de inteligência; com a sua inteligência, procura entender e fazer perguntas sobre o sentido da sua existência. Perguntas tais como: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Qual é o sentido da minha vida? Para explicar a sua existência, recorre a duas propostas ou teorias: a teoria do criacionismo e a do evolucionismo.
Criacionismo é a teoria que estabelece uma ligação entre Deus, Criador do mundo, e as variadas explicações criadas pelo homem para justificar os fenômenos e os complexos enigmas existentes. Quanto a evolucionismo, o homem e toda a terra seriam o resultado de longo processo de evolução. São dois temas que abrem caminho a grandes discursões telógicas e biológicas (Aqui nesse pequeno escrito, não é nosso trabalho abrir esse grande jogo). Por outro lado, esse mesmo ser, insatisfeito de seu condicionamento, a necessidade o leva a tudo. Tais como: a conquista de terra, a escravizar os seus semelhantes, impondo normas, a matar, a caminhar para outra terra e enfim a fazer uma experiência de um Ser Absoluto.
Partindo desses dados, nós queremos dialogar ou refletir com o tema: heteronomia e autonomia a partir da disciplina “antropologia teológica”. Faremos isso também em relação com outra disciplina: história da Igreja na América Latina e no Caribe. A moral vai ser inserida também dialogando com os temas que vão ser desenvolvidos dentro do nosso estudo. Nesse diálogo, vamos tentar mostrar a questão da “opressão e resistência”. Eis aqui o eixo do nosso trabalho.
O nosso trabalho vai ser feito de maneira seguinte:
Primeiro, abordaremos os temas: opressão e resistência
Segundo, uma pequena análise da história do povo de Israel
Terceiro, uma pequena análise da história do povo latino americano e caribenho
Quarta parte, tentaremo entender: heteronomia e autonomia e faremos uma atuallização dos temas para hoje.
Por fim, terminaremos com uma pequena conclusão

DESENVOLVIMENTO
       Opressão e resistência são temas que soam desde no passado até hoje nos nossos ouvidos. São dois temas criados pelo homem e impostos pelo homem para o homem. Assim, poderíamos perceber uma relação entre a “antropologia” e a “história”. No sentido antropológico, é possível afirmar que o ser humano é um ser aberto, um ser chamado a viver com outros; mas a pesar disso, esse ser oprime o outro, seu semelhante. A antropologia ajuda a entender essas relações entre as sociedades organizadas, de acordo com o tempo e o espaço, relações estas que se transformam e variam. Abordando os temas, existem várias maneiras de resitência e de opressão. Eis alguns exemplos de resistência que os escravos praticavam: fuga, assassinato, passividade no trabalho e rebeldia etc. Outro exemplo de resistência aconteceu quando os europeus invadiram as Américas e o Caribe, trouxeram os missionários a fim de impor um modo de viver diferente ao índio que, acostumado a ser livre, não aceitou as correntes da escravidão. A resistência dos indígenas acontecia pela fuga dos aldeamentos missionários e de outros tipos de cativeiro. Ao longo do nosso trabalho, vamos tentar deixar bem claro.
       Entender e compreender os temas: resistência e opressão. A resistência, de maneira geral, é a ação de opor-se à uma força física ou moral. O sentido do tema varia e se aplica depende do domínio. Por exemplo: resistência em física, em biologia, em Mecânica, em Esporte, em Direito, em Psicanálise ect. O uso da palavra aqui designa: combates contra invasores, ocupantes ou um regime indesejável. Quanto à opressão, é o mau tratamento sistemático de um grupo social com apoio das estruturas da sociedade opressiva. Eis aqui alguns exemplos de opressão: imperialismo cultural, racismo, exploração, marginalização, injustiça, sexismo etc.
       Observando a história do povo de Israel, podemos ter a mesma percepção.Toda a história desse povo, no Antigo Testamento, está marcada pela opressão e pela resistência. Uma história que mostra, a pesar de tudo, um povo à procura o verdadeiro sentido da sua vida, Deus. O povo vivia muitos momentos cruéis, difíceis e horríveis nestes três períodos da sua história: o tribalismo, a monarquia, a divisão dos reinos, exílios, pós-exílicos...Uma das histórias marcantes é a escravidão no Egito imposto pelo Faraó. O agir de Deus como o fim de levantar um líder para libertar esse povo. O processo usado por Deus para fazer de Moisés líder e libertador do povo. E uma segunda experiência, Deus para ensinar duras lições ao seu povo, enviou de novo o povo para Babilônia, a terra do cativeiro (2 Rs 25). Convidamos o leitor desse pequeno escrito a uma leitura do livro “Ếxodo” como chave principal para poder entender a escravidão do povo de Israel no Egito. Após a história desse povo, podemos perceber uma grande marca marcante dos povos das Américas e do Caribe.
       A história da opressão e resistência não pára, ela continua. A chegada dos colonizadores mudou o ambiente. O senhor branco chegou com a finalidade de explorar, de escravizar, de roubar, de maltratar e de impor novos valores, etc. Assim, a América Latina constitui o espaço histórico em que se dá o encontro ou espaço de três universos culturais: o indígena, o branco e o africano. Aí, se dá ao mesmo tempo uma convergência de maneiras diferentes de ver o mundo, o homem e Deus.
Lendo e relendo a história da invasão dos europeus nas Américas e no Caribe, na verdade, não houve um encontro com o indígena e os africano, neste continente que se tornou afro-ameríndio. Teve, sim, um desencontro; pois o cristão chegou com a intenção de constituir o outro com “ente-explorável”; imobilizou-o, desarmou-o, desapropriou-o de seus reinos, terras, riquezas, religiões, identidade.
No Haiti depois da rápida extinção da população indígena, o tráfico de escravos negros começou já em 1503. Depois de tanta opressão, o povo haitiano fez a maior e a primeira revolta negra da humanidade contra a escravidão e a dominação dos franceses. Assim, em 1804, os próprios escravos do país aboliram a escravatura vencendo os franceses; instauraram o primeiro país negro independente da humanidade. É um país qui viveu e continua vivendo muitos conflitos políticos, golpes de estados e invasões de outros países. Apesar de tudo, o povo continua lutando e resistindo. Recentemente, heroicamente foi eleito um padre católico, Jean Bertrand Aristide, contra ditadura de Jean Claude Duvalier. Um golpe o tirou do poder e foi para exílio. Então entre derrotas e vitórias, o povo haitiano continua sua resistência e opressão impostas pela comunidade international e pelos próprios filhos do Haiti.
       Os gritos pela liberdade continuam até hoje, dos mais oprimidos, como antecipação teimosa de uma libertação mais radical, que atinja também o político e o social, o econômico e o ideológico. Por outro lado, podemos perceber também, a questão da opressão não foi só para o homem negro; também para a mulher; em geral para a mulher negra e indígena em particular.
       A mulher negra vive uma tríplice dominação. Primeiro, por ser mulher; segundo, por ser negra; terceiro, por ser pobre. E assim, ela foi escrava, aparelho de reprodutora, objeto de prazer dos senhores; explorada nos trabalhos domésticos, agrícolas e artesanais. A mulher indígena acabou ficando com o peso do trabalho agrícola, no sistema colonial. O regime colocou as mulheres indígenas na casa grande como domésticas e reprodutoras pelos portugueses. E a mulher branca?
       Antes de tudo, os colonizadores trouxeram no continente um catolicismo patriarcalista opressor, com a inquisição. Primeiro, a mulher era vista como “tentação”, só tinha duas opções: ser santa (mãe e esposa fiel, servidora e obediente ao marido, melhor ainda se fosse freira). Segundo, ou ser condição de ser causa da perdição (prostituta, feitiçeira, danada possuída pelo diabo, objeto de prazer do homem). Pois bem! Apesar de oprimirem as mulheres negras; podemos perceber as brancas foram também oprimidas. Geralmente, olhando a sociedade, as mulheres sofrem muitos abusos físicos, discriminação, violências etc. Quem é responsável de tudo isso, é a sociedade patriarcal? Quem se faz voz daquelas mulheres? É a Lei? Bom, basta, não queremos depassar o limite do nosso trabalho.
       Lembrando algumas palavras do Papa, Santidade Bento XVI, analisando a importância da dimensão feminina na Igreja e na sociedade. A 9 de Fevereiro de 2008, assinalando o 20.º aniversário da publicação da carta apostólica “Mulieris Dignitatem”, de João Paulo II, o actual Papa condenava “uma mentalidade machista que ignora a novidade do cristianismo, o qual reconhece e proclama a igual dignidade e responsabilidade da mulher em relação ao homem”. A Santidade Bento XVI relatou: “Existem lugares e culturas em que a mulher é discriminada ou subestimada unicamente pelo facto de ser mulher, onde se faz recurso até a argumentos religiosos e a pressões familiares, sociais e culturais para sustentar a desigualdade dos sexos, onde se perpetram actos de violência contra a mulher, tornando-a objecto de atrocidades e de exploração na publicidade e na indústria do consumo e da diversão”. A Santidade relatou: a busca de uma outra cultura que valoriza ou reconhece à mulher; “no direito e na realidade dos fatos, a dignidade que lhe compete” (a mulher).
       Referindo-nos a Hobbes, em sua obra “Leviatã”, explica que o homem vive em “estado de natureza”: estado primitivo de desordem, onde o homem se deixava dominado pelo instinto e pela paixão. Numa tal condição, o homem como uma ameaça aos outros homens. Na perspectiva de Hobbes, o estado de natureza, é o estado de guerra, porque todos os homens se sentem poderosos e temidos. Essa situação faz que os homens se reunam à procura ou em busca de “proteção”. Essa proteção é um “Contrato Social” (pacto de submissão), dependendo da vontade do homem e consiste numa transferência de direitos. Daí se percebe muitos elementos, tais como: Normas jurídicas, direitos, deveres etc. Claro que sim, a sociedade precisa de normas jurídicas para disciplinar e organizar o comportamento de seus integrantes. Com isso, podemos chegar a dizer, todo tipo de sociedade para o seu bom funcionamento precisa de normas, regras, valores, ordens etc...Isso é bom e ao mesmo tempo é meio mau. Ás vezes aquelas normas se apresentam como algo que oprime o povo. Essa ordem é boa, mas o problema é o jeito que ela é aplicada. Sempre numa instituição, podemos perceber normas que nos dizem: faz isto, evita aquilo. Aí, tocamos o que podemos chamar “valor”.
O que é valor?
       Sinteticamente, “valor” é tudo aquilo que fazemos valer. Quem faz valer, é o governo, e as instituições; ou seja, é aquele que tem poder político e econômico. Sendo conscientes da nossa sociedade, quem faz valer, é a ideologia do poder. “Valor”, pode ser visto como uma imposição? Aí, vale a pena desde já, entrarmos com os nossos dois temas: heteronomia e autonomia. Nós queremos pedir um pouco de paciência ao leitor até chegarmos aos temas.
       Nós podemos nos perguntar: a escravidão que foi colocada pelos europeus contra os negros e indígenas, era vista como um valor, se aceitamos a definição de “valor” como já dissemos. É um valor ou não? Entrar num país e destrui-lo com bombas é um valor? Fazer valer o “Mal” é um valor? A questão da menina de 9 anos que ficou grávida e logo fez aborto, é um Mal ou um Bem? O médico merece ser excomungado? Agora, uma outra pergunta poderia ser levantada; é a seguinte: entre a Lei e a minha Vida, qual vale mais? A vida, a Lei?
       Aqui nós estamos em frente de dois temas bem interessantes: valor e norma. O problema da nossa sociedade, não é o “valor colocado” mas é a “norma colocada”, que às vezes se torna um elemento “opressor”. Até aqui estamos fazendo uma reflexão ética bem concreta. Ética = ação humana; normas de convivência. Sem elas, o grupo não se faz. O valor ético condiciona a pessoa na sua realização. Aí, o que dá sentido a uma norma, é o valor. Eis aqui alguns valores: valor econômico, valor religioso, valor social, valor artístico, valor político etc.

HETERONÍMIA E AUTONOMIA
       Antes de tudo, gostaria de abrir o caminho para esses dois temas mencionados através de uma das obras de Martin Claret, editor e jornalista brasileiro. Na sua obra intitulada “a essência da sabedoria dos grandes gênios de todos os tempos”, coleção pensamentos de sabedoria; ele relata que “somos criaturas programáveis” (p.5); esse mesmo autor se refere a uma afirmação de cientistas, de antropólogos, de psicólogos e educadores repetindo: o ser humano é uma criatura culturalmente programada e programável.
Isso significa, sem dúvida, que o homem é “hardware e software”. Dando-nos conta sobre o que é hardware e software; o hardware é a parte física do computador, ou seja, é o conjunto de componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam através de barramentos. Em complemento ao hardware, o software é a parte lógica, ou seja, o conjunto de instruções e dados processado pelos circuitos eletrônicos do hardware. Continua dizendo o autor: o nosso cérebro e o nosso sistema nervoso é o nosso hardware (a máquina) é mais ou menos igual em todas as pessoas. A grande diferença que faz a diferença é o que está gravado no cérebro, isto é, o nosso software (o programa).
       O autor, explicando de uma maneira mais simples, chega a três tipos de programação: a programação genética (o instinto); a programação sócio-cultural (família, amigos, escola, trabalho, cinema, etc.); e a auto-programação ou a programação feita por você em você mesmo.
       Concluindo esse caminho que dá, talvez, para entendermos os temas (Eu escolhi o pensamento do autor como auxílio aos temas): heteronomia e autonomia, o autor coloca o seguinte: Na primeira programação você não tem nenhum controle; na segunda, tem controle parcial; e na terceira programação você tem controle total. Pois bem! Vamos agora tomar os nossos dois temas: heteronomia e autonomia.
       Heteronomia, do grego heteros (diversos) e nomos (regras). Essa palavra foi criada pelo Kant, significando: as leis que recebemos. É um conceito básico relacionado ao Estado de Direito, em que todos devem se submeter à vontade da lei. A heteronomia significa que a sujeição às normas jurídicas não está dependente do livre arbítrio de quem a elas está sujeito, mas, pelo contrário, se verifica uma imposição exterior de que decorre da sua natureza obrigatória. A heteronomia é, assim, uma característica da ordem jurídica, por contraposição à autonomia, com significado oposto (Fonte: Introdução ao direito para as ciências sociais. Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas).
       Autonomia do grego, autos (por si só) e nomós qui significa (lei) e ao mesmo tempo (território). Em ciência política, significa a qualidade de um território ou organização de estabelecer com liberdade suas próprias leis ou normas. Ao contrário de autonomia, consiste no sujeição do indivíduo à vontade de uma coletividade (liberdade). Ou seja, propriedade pela qual o homem pretende poder escolher as leis que regem sua conduta (Dicionário Aurélio). Podemos levar em conta que se trata de dois temas problemáticos: agir por si e agir pelos demais. Agir por si é a sua liberdade e agir pelos demais, uma imposição que vem do exterior como obrigação de viver. Do ponto de vista filosófico, “autonomia” indica a condição de uma pessoa ou de uma coletividade, capaz de determinar por ela mesma a lei à qual se submeter. Seu antônimo é “heteronomia” (Lalande: 1972).
       A Autonomia, na história, estava sempre em conflito com a Heteronomia, principalmente com a sua expressão paternalista; quer dizer, à forma de resolver os problemas de autoridade, poder, obediência e liberdade através dos meios tradicionais na estrutura familiar patriarcal, na qual aquele que tem poder decide e faz todas as escolhas. Era o homem (tradição partriacal). Hoje em dia, o feminismo (contra o machismo), as mulheres estão reclamando ou manifestando os seus direitos a respeito disso. Algo muito bem claro e merecido.
       Nós queremos deixar bem claro ao leitor que nesse pequeno escrito, não se trata de uma análise dos temas na profundade, mas mostrar mais ou menos alguns significados para esclarecer o nosso trabalho. Heteronomia e autonomia, os encontramos em qualquer instituição; e se aplicam depende do domínio (heteronomia e autonomia na filosofia, na sociologia, na antropologia, na moral, na medicina, no trabalho...). Dentro desse dois temas, queremos levar em comum um tema; é a questão da liberdade. O que é liberdade? O que é ser livre?
       O tema liberdade é um tema muito discutido e muito amplo que compreende a filosofia antiga, contemporânea, a política, o Direito, a Prensa, a Sociologia etc. Delimitando, por exemplo, a “liberdade jurídica”; ainda é um tema muito amplo. O que quer dizer dentro dele, se percebe muitos outros temas. Por exemplo: "A liberdade de agir no sistema jurídico brasileiro", "A liberdade de agir do cidadão na Constituição brasileira de 1988".
       Em filosofia, liberdade designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários (http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade). Para Kant, ser livre é ser autônomo: dar a si mesmo regras e você segue essas regras racionalmente. Com Kant a liberdade que o homem deve aproveitar, diz a repeito à vontade. Essa vontade não deve ser bloqueada por nenhum tipo de heteronomia. Uma sociedade onde muitas pessoas andam amarradas e preocupadas com tantas leis e regras; será que é isso que é a liberdade? Muitas pessoas morrem de fome; ela nao têm direito ou liberdade de comer, morrendo de fome? Muitas pessoas desempregadas; elas não têm direito ao trabalho? Pois bem, toda a vida humana é marcada por resistência.
Depois de ter refletido sobre esses temas, como podemos atualizá-los?
       Deus criou o ser humano para ser livre. Essa liberdade, não é fazer o que se quer. Mas uma liberdade que tem a ver com “responsabilidade” no universo. Esse memso ser, como já vimos acima com a questão da heteronomia, coloca a sua própria “imposição”, quer dizer as suas próprias regras, normas e os seus valores para oprimir o seu semelhante. Nesse sentido, podemos relacionar liberdade junto imposição como dois temas que andam contrariamente onde cada um deles tem seu próprio caminho. É isso que podemos constatar hoje na nossa sociedade, tantas imposições. Isso acontece mais frequentemente nas religiões e nas grandes instituições, na política, no sistema capitalista etc.
       O caminho da liberdade é muito difícil, muito doloroso, um trágico caminho. Será que o homem tem força para seguir a liberdade, respondendo a todas as leis e normas colocadas pelo seu semelhante? O homem quer ser feliz e livre. Assim, ele se carregue de um dilema: liberdade ou felicidade. Liberdade com sofrimento ou felicidade sem liberdade. E a maioria dos homens prefere este caminho, disse Berdiaeff (BERDIAEFF, Nicolas. El Credo de Dostoievsky). De acordo com esse grande pensador, todo mundo quer ser feliz e livre; mas difícil alcançar os dois. A maioria prefere o caminho da felicidade (bem-estar, satisfação e paz interior; contrário de tristeza). Notamos aí uma grande tensão entre essa noção da existência de uma ordem (ou lei) natural e a pretensão da liberdade humana de ser independente e agir por vontade própria, o que inclui a possibilidade de questionar essa “ordem” estabelecida. Isso é um dilema; e dentro desse dilema, temos que escolher ou optar. Aí tocamos aquilo que poderíamos chamar “consciência moral libertadora”. Tudo isso traduz opressão e resistência.
       Diante desses fatos, podemos perceber como viver numa instituição é difícil, você é limitado. Assim, podemos ver que o ser humano é um ser limitado no espaço da sua escolha; no sentido por ter amarrado de tantas leis indicando: faz isto e evita aquilo. Aí, eu perco a minha autonomia e faço a vontade da heteronomia. Aqui se percebe que a questão da liberdade é eliminada por questões de ordem e normas. É isso que podemos perceber na política, no poder econômico, nas religiões e em outras instituições.
       Por outro lado, assim como nas religiões, as ideologias também podem determinar nos indivíduos que as adotam. A heteronomia imposta pela sociedade de consumo cuja sua principal arma para isso é a propaganda. Eu nao sei se o leitor vai concordar comigo: somos seres autônomos; mas uma autonomia controlada pela heteronomia. O que quer dizer, a minha vontade é controlada pela Lei. Porém, quando se trata de escolher, aí me torno um ser livre dentro da minha escolha. Hoje em dia na nossa sociedade, fazemos coisas sem a nossa própria vontade; Há um chefão que passa e anota e cobra. Você que não quer perder o seu trabalhinho (empreguinho), você fecha os olhos aceitando todo. Um outro exemplo, a questão de “pena de morte”. Quem queria ser morto desse tipo assim? Essa ordem colocada é um bem? Então é um bem matar uma pessoa desse jeito: “pena de morte”.
       O homem nasceu da sociedade e a organiza colocando regra, normas, leis e ordem pelo respeito de cada um de seus integrandes. Se uma pessoa disser vou fazer ou que quiser: não respeitar o horário de trabalho, o horário de estarmos juntos, andar de carro pelas ruas desobedecendo aos sinais, agredir os outros etc. Com certeza aquela pessoa estará cometindo desordem; algo que não tem nada a ver com liberdade. Assim, o homem se torna um grande criador e organizador da sociedade.
       No fim das contas da nossa reflexão, a vida humana é uma vida carregada consiste em fazer isto e evitar aquilo. A liberdade do ser humano está situada entre muitos condicionamentos. Interessante, um ser que nasce livre e o outro seu semelhante reduz essa liberdade em busca de ser agente ou mestre. Nesse sentido, o homem não é “regulador de sua própria existência. Por outro lado, pode ser que ele seja o seu próprio“regulador”, no sentido da sua opção. Em toda essa reflexão, tentamos mostrar, sem fazer uma grande análise, a questão da opressão e resistência e a questão da heteronomia e autonomia através da disciplina da teologia antropológica. Então, se percebe onde que há opressão, existe também resistência. Uma não anda sem a outra; andam de mãos dadas.
       Terminando a nossa reflexão, podemos perceber que a nossa sociedade está marcada muito forte com a questão da opressão e resistência. E também, se percebe que a heteronomia e autonomia estão ligadas. Cada uma tem um determinado tipo de relação interpessoal e de respeito. A primeira que predomina o uso da coação pela autoridade; e a segunda tem a relação com a si mesmo, dominada pela primeira.
       Por outro lado, essa questão de liberdade na teologia paulina afirma o grande teológo uruguaio, Juan Luis Segundo: Paulo não está dizendo que o cristão, dono da casa do universo, utilize sua liberdade de forma anômica para fazer o que quer ou, que é pior, o que quer para satisfazer seus desejos e caprichos, paixões e desejos (cf Gl 5:1;4: 13; I co 6: 12). Tendo “filhos de Deus” por sua condição de irmão de Jesus – o Filho único -, seu “espírito de filho” levo-a ser criador na linha do Pai. Deus criou nas mãos de seus filhos seu “campo de plantio” ou se edifício em construçaõ (cf. I Co 3:9), cujos limites são o mundo, a continuação da criação do Pai criador, como cooperadores dela (Segundo, Juan Luis. O caso de Mateus. Os primórdios de uma ética judica-cristã, p.49).

domingo, 21 de março de 2010

Haiti c´est l´heure!




                                              Un terminal: l´ordre et discipline


                                     Route et construction: l´ordre et discipline

HAITI C´EST L´HEURE!
RÉVEILLE-TOI!
       L´évènement catastrophique et détructif qui s´est lieu en Haiti le 12 janvier 2010 est un désastre vu comment une réponse pour la reconstruction du pays: Après tout, maintenant c´est l´heure. À mon avis, Haiti n´a pas besoin de 30 ans ou 60 ans pour être recontruite; il suffit de considérer ces éléments pour la reconstruction.
Il nous faut:
1-Conscientisação (National et International): que les haitiens, tous les faux-haitiens, les faux-étudiants, les haitiens restavesc, les responsables du pays prennent conscience que c´est l´heure; surtout l´État haitien. Que l´international aie en main une politique de développement pour le pays(industrialisation).
2-Responsabilité (l´ordre et discipline): En Haiti, il n´y a pas un État responsable. On fait ce qu´on veut dans le pays.
3-Décentralisation: Rétirer le “siège gourvernemental”( le pouvoir exécutif, le pouvoir législatif, le pouvoir judiciaire et d´autres....) dans la ville de Port-Au-Prince. Deux départements pourraient être considérés le “siège gourvernemental”:Sud ( Les Cayes, la capital politique du pays) ou le Nord (Cap-Haitien). Ainsi,  on  aurait  besoin plus ou moins de 30 ou  60 pour pouvoir construir une nouvelle capitale. Sinon, une politique d´invetissement et de criations dans les autres départements pour empêcher la venue massive de beaucoup de gens dans la capitale, comme l´unique option de vie à la recherche d´une vie meilleure.
4-Ouverture de compétition entre les départements les plus avançés
5-Programme de développement
a) Industrialisation ( surtout les provinces)
b) Éducation...
c) Réforme agraire
d) Promouvoir le renforcement des services
6-Protection sociale
7-La reconnaissance d´une force militaire espéciale de défense national
8-Justice pour tous, Rigidité de la Loi pour tous
9-Programme social
10- Services d´impôts dans tout le pays
11-Investissement
12-L´union des partis politiques en deux grands partis.
13-Programme de sécurité nationale
14-Réorganisation du transport publique ( dans l´ ordre et discipline)
15-Créer des  mécanismes visant à éliminer toutes forme de violence
16-Assurer l´eau  pour tous et une bonne qualité de l´énergie électrique pour  toute la population
17-Promouvoir la collecte et le traitement approprié des eaux usées et des ordures
18- Droit à la santé
19-Punir toutes les formes de corruptions dans toutes les branches
20- etc....
       -L´ordre et discipline, Haiti obtient zéro sur dix (0/10)
       Estructure et encadrement, Haiti obtient Zéro sur dix (0/10)
       -Vrais haitiens en haiti, 3% (un vrai haitien détruit pas, il  ne brûle pas,  il  construit, il aide les plus pauvres, il n´est pas restavec, il ne dit  pas "couper tête brûler des maisons"etc.
      - Faux-haitiens en Haiti 97% ( Que l´on veuille ou non, il doit s´en aller, sinon,  "koupe tèt brile kay, kraze bagay leta ak prive. Sont des profiteurs, grands mangeurs sans rien réaliser dans le pays. Pendant ce temps, le peuple souffre.
      - Vrais politiciens 2%: des hommes honnêtes
       -Faux politiciens 98%
               
Se j´étais le président d´Haiti ou magistrat, j´élaborerais le programme ci-dessus.
Ensuite, l´ordre et discipline dans tous les aspects et dans tout le pays
 Le respect et la dignité de tous les haitiens
Réorganisation et mise en place de certaines structures. Soin et santé pour tous
Construction d´un terminal central dans la capitale du pays destinée aux 10 départements
 D´autres points de terminal de bus réservés aux embarquements et débarquements
L´organisation des taxis (La capital ne serait pas un lieux à  tout type de camionnette)
Réalisation de systèmes électroniques de péage
Élaboration de système de caméras dans les routes nécessaires (sémaphore), système mis en place combattant l´insécurité.
 Sévérité de la loi et paiement d´impôt
Um système d´enrégistrement de tous les citoyens haitiens
 L´une des plus grandes oeuvres que je ferais, l´élaboration de trois grands “shoppings” dans la capitale. Ect.
-Se j´étais député ou sénateur, j´élaborerais un programme d´industrie dans la ville, un   marché bien organisé,  énergie électrique à tous, l´hôpital, école, école de métiers etc.
Peuple haitien,  s´il y avait   au moins une industrie dans chaque ville d´Haiti et d´énergie électrique, certainemente Haiti pourrait faire face à un autre visage.
Haitiens, réveillez-vous! C´est l´heure!
Mettons de côté toutes indiférences, luttons pour une Haiti moderne
Pour le pays pour la patrie: l´Union fait la force.
Mettons la main!


AUTOR: PIERRE DIEUCEL





HAITI C´EST L´ HEURE!
RÉVEIILE-TOI!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Haiti malgré tout!
































Haiti um peuple assoiffé, affamé et sans espoir; cependant um pays qui garde sa beauté naturelle malgré tout.


Haiti, un très beau pays; un pays de charme aux multiples facettes. Elle possède une variété de ressources naturelles, des arts et une culture diversifiée. Malheureusement, beaucoup d´étrangers ne connaissent qu´un aspect de ce pays, à savoir, la misère, les dictatures, coup d´état etc...
Certainement, en Haiti nous marchons désunir; dans nos rangs pleins de traîtres (les faux haitiens) et d´hommes honnêtes (les vrais haitiens); seuls, nous ne soyons pas seuls maîtres; des occupants nous ont envahis sous prétexte d´aide de sécurité imposée par l´ONU.
Haiti, comment on l´appelle, “ Haiti chérie, le paradis”; comme de grands architects, Dessalines et Toussaint ont posé son fondement, pensaient nous autres pouvions faire la suite qui, de nos jours est comparable à la mer rouge où les grands poissons mangent les petits ( riches aux pauvres). La mer rouge où l´on ne cesse jusqu´à maintenant de faire couler le sang. Autrement, Haiti se teint de sang comme la mer rouge. Ainsi, toutes les pages de l´histoire de son calendrier, sont marquées de sang de 1804 à nos jours.
Quelle douleur! pour nous le peuple haitien, un peuple qui a tant souffert, qui a tant soif! Quelle honte! pour les dirigeants de ce pays. Est-ce une punition de Dieu ou d´autres pays? Dieu a tant aimé ses fils, je pense qu´il punirait ses fils d´une telle manière. Haiti, après avoir battu la France, fut un grand escandale á toute l´humanité. Aujourd´hui ce pays, peut-être de ce qu´il a fait aux yeux des autres, est pris en otage. Est-ce le prix à payer pour avoir battu la France de l´époque? Dieu seul sait.
Haiti un pays, um peuple et une histoire. Un pays qui fait son histoire pour être le premier peuple noir indépendant de l´humanité. Un peuple qui rit, qui pleut, qui souffre, qui chante ses malheurs et meurt sourriant à la vie. Une histoire expliquée depuis l´arrivée des blancs colons; finalement, ses derniers furent expulsés par les propres fils du pays; une histoire recommencée par Dessalines, comme premier chef d´Etat. Sortant de ce premier chef d´ État arrivant à beaucoup d´autres, le pays vivait toute une série de coup d´Etat. Enfin, c´est une histoire qui continue de faire l´histoire.
L´expérience de ce peuple, dans son choix, est multiple. Pour le répresenter, il a fait choix : d´intellectuels, d´un docteur ayant à sa suite son fils; certains professeurs, d´agronome et même d´un prêtre. D´autre en plus ce peuple était obligé d´accepter certains d´autres choix. Par exemple, les grands dictateurs, surtout les plus récents du père au fils, Jean Claude Duvalier. Les intellectuels, ils ne font que des discours pour endormir le peuple. Avec ce docteur, le remède était: sauve qui peut. Et l´agronome? Tout monde sait que ce dernier s´occupe de la vie rural, l´environnement, l´écologie, l´agriculture etc... Avec lui, le discours est: “l´espoir”. Et le prêtre? Le discours de ce prêtre: le dialogue autour de la table. Malheureusement, il ne pouvait pas supportait les opposants.
Un peuple, malgré toutes ses tentatives, ne décourage pas. Cependant certains dévoreurs (loups), certains haitiens restavecs assoiffés d'ARGENT et de POUVOIR certains dérobeurs, certains faux haitiens, certains grands mangeurs sans consciences, certains sans pitié empêchent le bonheur de ce peuple. Certains faux haitiens politiciens, ont deux objetifs: Lutter pour être chefs ( président, ministres, sénateurs, députés etc). Le second objectif: rien que pour piller, pour profiter ou multiplier. Est-ce la politique qui est ainsi, ou ce sont ses dirigeants dévoreurs (loups) haitiens qui le font de cette manière? Il s´agit d´une véritable lutte pour le pouvoir et non pas une lutte pour la construction du pays. D´autre en plus on peut constater, le grand ne se laisse pas dirigé par le petit ( du point de vue social et politique). C´est une grande honte pour nous les haitiens, surtout les dirigeants, comme premier peuple noir indépendant du monde pour ne rien faire. Certains pays qui viennent après nous dans l´Amérique Latine, proclamés leurs indépendances, déjá se trouvent à un niveau très élevé.
        Etre un pays de peuple noir ne signifie pas de le diriger politiquement dans le noir.
Un peuple qui a tout passé et subi dans son histoire; surtout dans les deux dernières dictatures féroces de père en fils Duvalier. Cette période dictatorial a été marquée par une grande visite. C´était la visite du Pape Jean Paul II. Il a déclaré lors de cette visite: Il faut que quelque chose change dans ce pays. Peu de temps après, le peuple s´est délibéré de cette féroce dictature. Cela nous a rappelé également le président dictateur philipin, Fernando Marcos, quand il viola le droit des philipiens, comme réponse em cas de protestation, il donnait au peuple, c´est la prison ou la mort. Et cela nous a rappelé aussi la chanson d´eux: “Philipine est un oiseau sans liberté qui lutte pour s´échapper de son cage”.
Le départ de Duvalier cela ne signifie pas la fin de la répression. Coup d´État et gouvernement éphémère marqués par certaines violations généralisées et des droit humains. C´était le moment pour ouvrir la voie à des élections démocratiques. Le père Jean Bertrand était élu par le peuple. Le peuple disait: notre prière est montée et la grâce descend. Est-ce que c´est la grâce de la misère, la vie chère qui descenderont?
Avec ce prêtre le chemin de l´espoir nous a été ouvert et le peuple croiyait arriver au bout de sa soufrrance et de sa misère. Qu´est-ce qui s´est passé? Il fut renversé par un coup d´état militaire à la tête du général Cédras. Il se réfugia donc, aux États Unis em passant par Vénézuela. Un exil qui dure à peu près 1111 jours ( trois ans).
Ses trois ans furent trois ans de massacres, de violences de toute sorte: trois ans de résistence insupportable. Il y a avai même certaine chanson qu´on ne pouvait pas chanter: “S´il te la mwen pa ta limen bwapen, men l anlé a l´ap vini”; et tant d´autres. Le volume de l´insécurité s´augmenta avec tant de massacre: Pè tonbe, relijye tonbe, seminaris tonbe, layik tonbe, pasté tonbe, komèsan tonbe, ti bebe pa epaye, fanm ansent tonbe, moun fou tonbe, direktè ak pwofesè ak etidyan tonbe, jounalis pa pwoteje, dokté tonbe, inosan pa epaye, etranje tonbe. Tous de la société sont affectés. Après tout, les américains décidèrent d´intervenir militairement et le président établit de nouveau dans ses fonctions.
Avec l´arrivée de cette nouvelle démocratie Aristido-clintonienne, Haiti connaissait un moment de paix, de joie et d´espoir. Cependant cette démocratie aurait été mal distribuée, disaient certains. Comme disait l´autre: Haiti et États Unis sont un bombon démocratique ( deux bons=bombon). Terminé son mandat et passa le jeu par son confrère agronome et premier Ministre.Ce dernier terminé son mandat; le prêtre est élu de nouveau par le peuple. Une élection qui fut contestée par l´opposition. Ce parti têtu ne nogocia pas; toute négociation c´est le départ. Ainsi le grand désordre régna dans le pays.
Quelle honte! Beaucoup d´entre eux (ses opposants) ce sont des faux haitiens ou restavecs assoiffés d´argents et de pouvoir.
Tous les musicaux et ceux de l´église chantaient tous un seul réfrain: changement, unité, réconciliation, contre la vie chère, chance pour Haiti. Ses dévoreurs ou restavecs, ne négociaient pas. Le média a fait toute une série d´émission ou programme. Ils faisaient tout sorte d´analyse et débats. Alors, on peut se demander pourquoi après avoir tant ramassé toute une série de belle idée et de réflexion pour émettre em onde, pourquoi cela ne servent a rien? En ce sens, ramasser = jeter ou temp perdu où l´on reste dans l´idéologie. Ses idées devraient être comme un projectile qui tombe à l´oreille de chacun pour un changement de paix, d´harmonie et de dialogue. Dans tous ses programmes, c´est la masse qui a trouvé le carton rouge et un point final dans sa misère. C´est comme quoi la masse doit simplement écouter les beaux discours et n´en rien dit. Ecoute! N´agit pas! tu es notre instrument. Vous voulez qu ´Haiti soit changée? Quel est votre apport, votre contribution (comme vrais haitiens) pour que cela se fasse? Mettons la main!
Un pays qui fait face à tant de misère et d´insécurité, la paix c´est cela qu´ils répètent fréquemment dans les discours; sans qu´ils ne sachent la paix et la misère sont “ lait et citron”. Dans le gouvernement lavalas, il y avait un grand espoir qui fleurissait et donnait du fruit. C´était la coopérative. Tout d´un coup augmentations de certaines oeuvres et de taux. Cependant, certains faux haitiens restavecs ont empêché le bonheur de ce peuple. Peu de temps, tout s´est perdu. Rans sèvis bay chagren. Tu vois David Chéry, jamais on aurait pensé à cela même quand on l´aurait dit. Si tous haitiens du secteur de la bourgeoisie, se mettent ensemble pour créer des moyens au profit du peuple et pour le pays, Haiti aurait connu un autre “ coeur unis”.
Inconsciemment de toutes ses siuations em Haiti, quand deux haitiens se sont rencontrés, l´um demande l´autre: comment tu vas? L ´autre repond couramment: on se tient, on se maintient. En bon langage de notre créole cela signifie: n´ap genbe, nou la, n´ap swiv. Se vre n´ ap boule anba soléy lamizé a. Cela signifie l´haitien, malgré les moments dificiles, vit toujours avec espérance et fermeté en espérant un lendemain meilleur.
La grande honte de toute l´histoire d´Haiti, était le premier janvier de 2004, 200 ans d´indépendance. On le célébrait sous pression des opposants et bruit d´armes. Quelle honte!
Pour le départ du président élu, plusieurs petits groupes organisèrent des manisfestions: étudiants, secteur privé, syndicat, etc.. Des partisans, pour assurer le pouvoir, se sont transformés en “chimères”, réclamant le respect du mandat du président selon la constitution. Des assassinats parmi lesquels un grand combattant de Gonaives qui défendait le pouvoir. Ensuite, la question de la mort d´un des étudiants de science humaine; et marronnages de certaines personnes. Des manisfestions contre le pouvoir, se sont organisées dans toutes les provinces du pays, parmi lesquelles la plus remarquable fut Gonaives, la Cité de l´indépendance. Les manisfestations s´étaient organisées ainsi: Aujourd´hui le tour des étudiants et certains faux étudiants accompagnant certains partis politiques. Ensuite, le tour des partisans du pouvoir.
Les étudiants s´organisèrent en un groupe qu´ils s´appellaient GNB qui signifiait “grenn nan bouda”; ayant pour mot d´ordre “ Il doit laisser le pouvoir”(il faut qu´il s´en aille). En créole: fól ale. Comme réponse, les partisans du pouvoir intervenaient contrairement: RGNB = rache grenn nan bouda, fó l rete. Plus tard, ce même RGNB, a changé de nom: en RPK = rat pa kaka. Cela signifiait que les partisans du président ne voulaient pas que les étudiants ou certains faux étudiants et d´autres secteurs protestèrent contre le pouvoir. En cas de cela, comme réponse, c´était la mort ou marronnage.
La situation devenait pire; les partisans du président ont changé de nom en “opération Bagdad”. Cela signifiait qu´ils voulaient faire la même opération que faisaient les américins en Irak à la recherche de terroristes où certains inocents ont perdu la vie. Pendant ce temp, les rebelles arrivent dans la capitale, en brûlant, tuant, détruisant. Les partisans du président pour empêcher la rentrée des rebelles vers la capital, avec des barricades, bloquèrent presque toutes les grandes entrées, déclarant: s´il part, koupe tèt, brile kay (couper têtes et brûler maisons). Quelle conception! Voilà! L´un des facteurs qui nous a mis en retard. Pourquoi brûler les bien de l´État, les syndicats, certaines maisons?
L´ONU comme de toujours, incapable de garder la situation, entra en négociation. Finalement sous tant de pression, dans le matin du 29 février, le président s´est obligé de quitter le pays en disant qu´il est victime d´un coup d´´État qui se fait dans un enlèvement moderne. Cet enlèvement politique c´était le prix à payer pour éviter un bain de sang dans le pays; cependant, il n´ y avait pas eu une démission formelle selon les normes. Car en 1804, la France et les États Unis ne voulaient pas accepter qu´Haiti soit la première République nègre indépendant. En 2004, ils ont essayé de nous isoler une nouvelle fois en montant un coup d´État. Donc, avec le depart du président, cela donna naissance toute à une série d´enlèvement (kidnapping). Qu´en était-il de plus après le départ? Et qu´est-ce qu´on en dirait?
La première chose qu´on pourrait dire, en renversant l´insupportable lavalas misère, on a abattu la misère dans la tête et dans le ventre; et ses misères se multipliaient ensuite en une tounure lavalas transitoire en des conditions inhumaines. Et maintenant?
Tout de suite après le départ, on fit appel à un haitien qui vivait aux États Unis pour être premier ministre. Le responsable de la Cour de Cassation, provisoirement, fut élu président selon la Constitution. Entre ses deux lá, qui dirigeait le pays? Qui sait!
Alors avec le choix de ce premier ministre, disaient certains: Bourik travay bay chwal galonnen. Donc, nous pouvons constater, après avoir courru contre la pluie, on s´est tombé dans un bassin.
De jour en jour, cela est devenu plus triste pour Haiti, les pauvres deviennet plus pauvres et les riches plus riches. Bon! Maintenant c´est le tour de la Torture. Déshabiller lavalas pour habiller un autre lavalas transitoire. A part de torture, la Torture arrivait. Alors c´est maintenant que le peuple commençait à être “torturé” lavalassement et transitoirement. Pèp la t´ap kouri dèyè lapli lavalas mizè, li tonbe nan yon rivyè lavalas rivyè tranzitwa mizè. Tout moun se hummmm, pito l te rete. Le discours de ce premier é tait le suivaant: A l´impossible nous sommes tenus. Voulait-il dire: qu´ il est encore possible à augmenter le volume de l´insécurité, la misère et la vie chère en Haiti?
La racine de ce conflit, en Haiti, ne s´agit qu´un conflit de racine politique dans laquelle les autres conflits se donnent naissance. Et maintenant, l´espoir fait vivre?
Quel jeu! Qui va gagner? Combien de temps va t- il durer? Finalement, va t-il avoir une “Unité”
dans ce jeu?
Aux États Unis, il y a deux grands partis politiques. Le parti Démocratique et le parti Républicain. Il se peut qu´il y ait au dedans de chacun, diverses partis; mais ils s´organisent en deux. En Haiti, a combien de parti? Ne ris pas; nous allons énumerer quelques-uns d´entre eux: Action Démocratique pou Batir Haiti, Alliance pour la Libération et l'Avancement d'Haïti, Congrès National des Mouvements Démocratiques, Fanmi Lavalas, Konvansyon Inite Demokratik, Mobilisation pour le Développement National, Mouvement Chrétien pour une Nouvelle Haiti (MOCHRENA), Mouvement Démocratique pour la Libération d'Haïti, Mouvement Démocratique et Renforcement Haïtien, Mouvement de la Reconstruction Nationale, Mouvement National et Patriotique du 28 Novembre, Mouvement pour l'Instauration de la Démocratie en Haïti, Mouvement pour l'Organisation du Pays, Mouvman Konbit Nasyonal, Organisation du Peuple en Lutte, PARADIS, Parti Agricole et Industrie National, Parti Démocratique Chrétien d'Haïtien, Parti des Démocratiques Haïtiens (),Parti National Progressiste et Révolutionnaire, Parti Populaire National, Parti pour un Développement Alternatif, Parti Social Chrétien d'Haïti, Parti Union pour le Renouveau Haitien, Pati Louvri Barye, PITACH, Pouvoir Rassemblement des Organisations Populaires, Rassemblement des DémocratesChrétiens, Rassemblement des Démocrates Nationalistes et Progessistes, Union Nationale des Forces Démocratiques, Union des Démocrates Patriotiques etc...Quel est l´interêt de chacun de ses groupes politiques? Chacun à son propre interêt?
Maintenant, chers lecteurs, c´est à vous de commenter.
Maintenant, ce n´est plus “espoir”. C´est une question de “UNITÉ”.
Le problème d´Haiti, on doit pas le chercher d´autre part; sinon du côté des responsables et les restavecs. En d´autres termes, en Haiti il n´y a pas un état ou un dirigeant responsable
(responsabilité); et manque d´une conscientisation du côté des restavecs (les faux haitiens); et même l´état, pourquoi pas!