sábado, 20 de fevereiro de 2010

Brasil: realidade migratória e uma reflexão teológica


Brasil: imigração para a migração (Um texto básico para estrangeiro)
Nossas Vozes, Nossos direitos
Por um Mundo Sem Muros (Este é o lema do III Fórum Social Mundial das Migrações).
Nós podemos lembrar de vários muros que foram construídos pelos países que partilham fronteiras, negando o direito da ida e vinda do migrante; países como: EUA/México, Israel/Palestina etc. Em outros países, soldados plantados, vigiando e negando a entrada do migrante; países como: República Dominicana/Haiti, Brasil/Paraguaio e Bolívia, Venezuela/ Colômbia etc.
Tendo presente a sociedade, nós estamos diante de uma realidade em que a sobrevivência do mundo globalizado se torna mais difícil e complexa para os pobres. Uma sociedade onde cresce a competição e cujo único critério é o lucro e a prosperidade financeira. Enquanto isso, crescem a falta de solidariedade e de direitos sociais. Por outro lado, uma sociedade que vive de intensos conflitos por vários motivos como: luta por território, pela independência, contra ocupação territorial, por questões religiosas, poder, problemas de etnias, cultura, economia, etc. Uma sociedade cheia de confusão marcada por guerra, violência, exclusão. Por fim, uma sociedade onde o aumento de migrações em massa por razões políticas ou necessidade econômica está aumentando a cada dia. Partindo desses problemas concretos, neste pequeno escrito, vamos refletir sobre a realidade migratória.
De acordo com John L. Lewis, líder trabalhista norte-americano, todas as formas de governo caem diante da necessidade por pão. “Para o homem com uma família faminta, o pão passa em primeiro lugar - antes de seu sindicato, de sua pátria, de sua religião". Também, seguindo a mesma linha, uma grande figura italiana que foi revelada no mundo esclesial, João Batista Scalabrini, disse: “para o migrante, a pátria é a terra que lhe dá o pão”. Para essa grande figura eclesial, era tarefa da Igreja intervir junto ao Estado e grupos políticos sempre que estivesse em jogo o interesse dos pobres. Em sua Carta Pastoral de 1882 à diocese de Piacenza ele dizia ser “preciso participar da vida pública, servindo-se de todos os meios lícitos, para o triunfo da verdade e da justiça”.Digamos “sim”, junto ao bispo Scalabrini, porque a realidade do mundo é de falta de trabalho, falta de emprego, falta de proteção social, falta de consciência, falta de diálogo social etc...
A história do povo brasileiro é bela. É um país “colorido”, ou seja, um país pluricultural. Brasil é sinônimo de carnaval e não há nada mais colorido do que o carnaval desse povo. Brasil é puro futebol. E, se não bastasse, o Brasil é um país de variação de cores de pele da sua população. Índios, negros, brancos e mulatos. Moreno claro. Negro bem escuro. Moreno pardo. Tem um que diz: eu sou mestiço, bem misturado: “tenho pai branco, louro, de olhos verdes, alto, ele é europeu; tenho mãe negra; meu avô era índio” E, assim ele vai descrevendo. “Ou seja, eu sou descendente de italiano e tantas outras coisas”. Assim também poderíamos dizer que a imigração e a migração do Brasil são bem coloridas. As migrações não ocorrem apenas por causa de guerras, mas principalmente pela inconstância dos ciclos econômicos e de uma economia planejada independentemente das necessidades da população. Enquanto isso, a Igreja sempre se faz presente, caminha e procura peregrinar com aquelas pessoas a dar uma resposta. Especialmente a presença dos missionários scalabrinianos. “Quem parte leva saudade de alguém, que fica chorando de dor...” Assim diz uma música muito conhecida. Na verdade, quem parte de seu país e decide começar uma vida nova em outro lugar, leva sonhos, planos, objetivos, e toda uma carga de experiências de vida que colheu ao longo dos anos. Ao chegar na nova terra, nem sempre a “terra prometida” é a sonhada. A realidade apresenta desafios às vezes difíceis de superar. Para conseguir vencer as dificuldades e encontrar seu espaço no novo mundo, aquela pessoa recorre a diversas alternativas. Assim, muitas procuram consolo e auxílio em grupos religiosos, e o crescimento das igrejas de migrantes espalhadas pelo mundo comprova a importância desse convívio.
O fenômeno imigratório e migratório tem um papel muito importante no desenvolvimento do país. Lembramos que o Brasil é o maior país da América Latina em questão de terra, de população, de superfície etc... Colocado também como o quinto maior do mundo. Nessa terra tem uma riqueza; quer dizer, é uma terra produtiva. As maiores produções são: café, cana-de-açúcar, soja etc... Durante a colheita do café no Brasil, o trabalho era quase todo feito pelos escravos do país. Depois da abolição da escravidão, os fazendeiros, ou seja, os grandes senhores se preocupavam muito, pensando em novas alternativas para o trabalho. A solução era deixar o Brasil com porta aberta à imigração que seriam esta vez, trabalhadores livres e pagos. Assim, chegaram muitas pessoas da Europa tais como: italianos, alemães, espanhóis etc... Essas pessoas saíram dos seus países porque não tinham trabalho, indústrias e terras suficientes. Isso representava um grave problema social. Enquanto isso, o Brasil, um país imenso, precisava de pessoas. Hoje em dia, junto com a presença dessas pessoas, o Brasil se tornou ou é conhecido como um dos países com maior produção agrícola da América Latina e do mundo.
Queremos deixar bem claro que os primeiros europeus que chegaram nessa terra, foram os portugueses. Nesse período, eles não eram considerados imigrantes, mas colonizadores. Os africanos vieram depois, forçados pelos colonizadores para trabalhar como escravos. Já na terra tem: índios, portugueses e africanos. Então o povo brasileiro está enraizado desses três povos. É depois que veio a grande mistura italiana, espanhola, alemã etc.
Na época dessas imigrações, o movimento era da Europa para as Américas etc; Hoje é principalmente da América para Europa, Canadá e Estados Unidos. A Igreja preocupava-se com a situação; assim, o Bispo Scalabrini via, ouvia e falava com os migrantes. Muitas coisas o enchiam de tristeza. Tocado pela situação, partiu para a ação. Fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos a serviço dos migrantes. Assim, ele se tornou o Pai e o protetor dos migrantes. Então a disponibilidade e a abertura às novas questões sociais daquela época, o levaram a tornar-se mais próximo do trágico dos imigrantes e migrantes. Assim, como já dissemos, em busca de resposta fundou a congregação por uma assistência espiritual àquelas pessoas que deixaram as suas próprias terras. Numa carta de 1901 ao Papa Leão XIII falou de suas motivações e da esperança: “se olho para as obras realizadas por entre não poucas dificuldades, tenho grandes motivos de me alegrar no Senhor: mas se, com o pensamento, penetro na profundidade do meu espírito, não vejo senão matéria de remorso pelo muito que não fiz bem. De uma coisa, porém, posso assegurar-vos, Beatíssimo Padre: em todas as circunstâncias jamais tive em mira senão a glória de Deus e a salvação das almas a mim confiadas”.
Imigrante é aquela pessoa que deixa seu próprio país de origem e vai para outro. Geralmente ela está à procura de melhores condições de vida (trabalho) e lugar para viver. Assim, o Brasil que recebia tantos imigrantes naquela época, tornou-se um país de múltiplas cores e sabores. A culinária de diferentes culturas e a agrícola.
Hoje, o Brasil não deixou suas “portas abertas” como anteriormente: são os próprios filhos da terra (brasileiros) que migram de diferentes estados e cidades à procura de uma vida melhor. A maioria é nordestina (Bahia, Pernambuco, Ceará...) e um pouco do Sudeste (Minas Gerais) vêm para são Paulo e trabalham no corte de cana-de-açúcar. O que poderíamos chamar “migração interna”. Como seguidores do bispo Scalabrini, nós nos encontramos sempre no campo onde está o migrante, onde ele atua no seu trabalho de corte.
Na nossa missão que foi realizada em Santa Bárbara de Oeste e Piracicaba, foi bem concreta. Duas grandes características com uma boa metodologia e conteúdos bem elaborados. As duas grandes características foram: a nossa espiritualidade e o nosso agir. Agir no sentido prático, ir ao campo aonde vimos o migrante ao vivo cortando cana. O tocamos e o ajudamos no corte. O que poderíamos chamar “princípio de ação”: ver, tocar e ajudar o migrante. Vivemos a realidade com eles.
Vendo tudo isso, poderíamos dizer que o migrante é uma pessoa ferida no corpo, uma máquina; um corpo que serve de máquina e uma alma que serve de gasolina. Tudo isso é para que ele possa ganhar o pão cotidiano. Ele sai de madrugada indo para o campo de trabalho. Doze horas de trabalho por dia; regressando ao cair da tarde. A maioria dos alojamentos é confortável. Cada quarto contém 6 ou 7 pessoas. Em cada alojamento, há pelo menos 2 ou 3 grupos de diferentes, quer dizer de Estado. Eles se organizam como se fosse uma caserna de exército. O patrão que os recebe, faz seleção para o trabalho do corte da cana. Nem todo mundo vai para o campo. E a cozinha? E a portaria? Assim por diante. Eles são muito bem protegidos pelo vestuário, dos pés até a cabeça. Assim, o cortador no campo atuando, parece um bom soldado bem protegido para enfrentar um conflito. Eles trabalham por contrato. Vêm em abril e voltam para casa em dezembro. Pelo menos oito meses de trabalho, um dia livre por semana e três meses com a família.
Eles não recebem mesmo salário. Aqueles que trabalham mais cobram mais. Quando perguntamos: você está gostando do trabalho? A resposta da maioria foi: claro que sim; lá de onde saímos a terra é escassa, a lavoura rende pouco, é muito fraco o trabalho; e por aqui graças a Deus dá para a gente se virar. Essa resposta é para os que já estão acostumados. Para a minoria, que ainda não está acostumada, a resposta é: fazer o que? Ou seja: a gente é nova aqui. Com isso, a gente pode perceber que em algum momento da vida, o jovem tem que procurar serviço fora. Assim, uma parte da população, sobretudo os jovens, mudou-se para outros lugares à procura de uma vida melhor. Uma boa parte deles trabalha no corte de cana-de-açúcar. A presença da Igreja como Mãe, voz protetora, acolhe sempre essas pessoas junto com a presença dos missionários scalabrinianos. Jesus disse: "Eu era migrante e você me acolheu" (Mt 25,35). Nós repetimos sempre “acolher aos migrantes”. Na verdade, também o migrante nos acolhe com muito amor e alegria. Nós fomos aos alojamentos deles, celebramos missa com eles e realizamos a celebração da Palavra, jantamos com eles, puxamos muitas conversas sobre muitas coisas, tais como: a nossa sociedade de hoje, o papel dos jovens, as famílias, sobre o trabalho do corte, football, carnaval... Assim, eles sentem com muita alegria. A cada visita, sempre ao deixar o alojamento, dizem alguns: “você já vai! O nosso papo é muito bom.”
Vendo todas essas situações, tratamos de entendê-las como uma verdadeira exploração e por outro lado, como uma nova forma de escravidão que poderíamos chamar “escravidão moderna”.
Exploração. A nossa América Latina era colônia de exploração no passado. As riquezas que foram retiradas das colônias pela Europa permitiram, digamos, para eles um maior capital. Desse e do mesmo jeito, o migrante sofre muito e ao mesmo tempo, é explorado. Então, o migrante por ser explorado e pelo jeito que trabalha no campo, faz que a gente pense numa verdadeira escravidão moderna que é diferente. Ou seja, a passagem da sociedade caracterizada pela opressão do homem pelo homem; em outro tema se trata da ação do capitalismo. Por isso mesmo, somos todos chamados a ser solidários com eles. Não só com eles, mas também com aqueles que sofrem. Lembrando numa das palavras do grande Papa amado João Paulo II dizendo: foi o preço pago pelos pobres a este tipo de desenvolvimento elitista, explorador e excludente, no qual os ricos ficam cada vez mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres. Com tudo isso, a teologia tem algo a dizer?
Para entendermos o pensamento teológico dessa situação, duas grandes fontes estão a nossa disposição: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Em toda a Bíblia acontecem histórias de imigração. No Antigo, narram-se as experiências e a caminhada do povo de Israel; principalmente o Pentateuco. Dentro dele, existe uma diversidade teológica bem complexa por causa de vários grupos e tradições. Um povo que caminha. O caminhar que a gente se refere, é à “imigração”. É uma história que foi quase marcada pela imigração, figuras como: Abraão que se tornou imigrante em Canaã por ordem de Deus (Gn12, 1-3); o povo que se encontrou no Egito sofrendo como escravos (Ex1); para esse povo conseguir a libertação, Deus escolheu outro imigrante, que nasceu no Egito e que vivia em Madiã, Moisés. Dizem alguns comentários, Deus para ensinar duras lições ao seu povo, enviou de novo o povo para serem imigrantes. Esta vez foi à Babilônia, a terra do cativeiro (2Rs 25).
Na linguagem dos hebreus, duas palavras para se referir ao imigrante: ger e toshar. Literalmente significam: peregrino e estrangeiro. Mas o sentido exato é “imigrante”.
No Novo Testamento, o maior imigrante de todos os tempos é Jesus Cristo que deixou a sua terra celeste e veio até nós, para nossa salvação. Se formos examinar um pouco a infância d´Ele, quando Herodes deu ordem para matar todos os meninos de dois anos, podemos ver como Maria, sua mãe e José, seu pai, migraram com Ele. No evangelho de João1, 14 vemos: “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós e nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único, cheio de graça e de verdade”. Podemos perceber que Jesus deixou a sua pátria celestial e veio até nós, ou seja, imigrou até nós para nossa salvação e para o perdão dos nossos pecados. Um Deus que se revelou no meio de seu povo.
Olhando a realidade de hoje, vemos uma sociedade formada pelo sistema de opressão, opressão no corpo e flagelação; uma sociedade marcada pela injustiça, pelo racismo, pela exploração e pela maldade do opressor; injustiça social, desemprego, preconceito, violência moral e física, violência contra a mulher, tráfico de pessoas, violação de direitos, desvalorização, violência da polícia e do tráfico de drogas, trabalho escravo, violência contra campessinos etc. A nossa sociedade precisa de pessoas para ser a voz dessas pessoas sem voz. Onde está a nossa opção pelos pobres? E agora quem são essas pessoas sem voz? São excluídos, deprimidos, marginalizados, explorados, mulheres e negros. As vítimas são sempre eles. Vendo tudo isso, a teologia tem algo a dizer?
A teologia tem um papel muito importante nessa situação desumana; é lutar com os pobres que são essas pessoas vivendo sem esperança. “Pobre” aqui pode ser entendido ou considerado como aquele que não tem, que é excluído e é explorado. Todos aqueles que vivem a miséria, que tem fome da justiça e que sonham por um mundo melhor. O nosso trabalho como religiosos tanto como autoridades, é acompanhar esses pobres e contemplá-los à imagem do Ressuscitado à Luz do Evangelho.
Lembramos um dos grandes teólogos da teologia da libertação, Leonardo Boff, num dos seus livros, escrito com o seu irmão, Clodovis Boff, entitulado “Como Fazer Teologia da Libertação”. Na primeira parte ele colocou a questão de fundo, a saber, “como ser cristãos num mundo de miseráveis”. Partindo de tal colocação, ainda mais concreta, contou que num certo dia em plena seca do Nordeste do Brasil, uma das regiões que tem mais fome; encontrou um Bispo trêmulo. Alguém perguntou ao bispo sobre o que aconteceu e respondeu que estava assistindo algo muito ruim. Falou que encontrou uma senhora com três crianças. E com mais uma ao colo na frente da catedral. Viu que estavam desmaiando de fome. A criança ao colo parecia morta. Ele falou para a mulher dar de mamar à criança. Ela respondeu: “eu não posso, senhor bispo”. Insistindo várias vezes o bispo, por fim, ela abriu o seio e deu de mamar à criança. E do seio estava saindo sangue.
A criança, com violência, atirou-se ao seio para mamar. O bispo se ajoelhou diante da mulher, colocou a mão sobre a cabeça da criança fazendo uma promessa a Deus: enquanto houver miséria, alimentarei pelo menos uma criança com fome por dia. O que está por trás disso é toda uma percepção das realidades escandalosas que existem, não só na nossa América Latina como disse Boff, mas também por todo o Terceiro Mundo. Será que isto é o papel do teólogo: ver, julgar e expressar-se?
O teólogo, antes de tudo, é um homem de fé, inserido na sociedade ou na comunidade, trabalhando e refletindo sobre as realidades e tratando de entender aquelas realidades com um olhar de fé e de compaixão; tenta passar aquelas coisas para o papel afim de que os outros entendam. Assim, o teólogo se torna “profeta”; no sentido de ser voz das pessoas sem voz. Podemos dizer, o teólogo ouve o clamor do povo e expressa esse clamor pela sua voz e pelos seus escritos. Hoje, na nossa América Latina, tanto no Caribe como outros países, há muitos teólogos que estão procurando dar uma resposta através dessa teologia; uma resposta baseada na fé e na esperança.
Tudo isso que acabamos de dizer, há por trás o que podemos chamar “pecado social”. Respeitar o migrante, mudar a legislação sobre a lei do trabalho, uma necessidade de reforma agrária, é já um grande passo. É um jogo muito complexo e maléfico. Numa sociedade de onde uns têm ou conseguem e para outros falta. Ricos cada mais ricos e pobres cada vez mais pobres; sedentários cada vez mais sedentários à custa de migrantes cada vez mais migrantes. Tudo isso traduz um jogo econômico no qual o ser humano usa o seu semelhante como objeto para poder ganhar mais. É aquilo que chamamos “exploração”. Tudo isso vai contra o projeto que é o projeto de Jesus Cristo, o projeto do Reino.
Depois de ter refletido sobre essas realidades, podemos perceber muitos elementos. Primeiro, a vida humana toda é “migração”; é uma passagem daqui para lá; é uma ida e volta, procurando o sentido da vida. Há pessoas que se migram à procura de fazer um bom estudo; há outras que migram por questões de guerras, religiões, confrontos, racismo. Há pessoas que se fazem “migrantes a serviço dos migrantes”. Por fim, pessoas que migram à procura de uma vida melhor tanto para si como para sua família. Segundo, podemos perceber como os migrantes são reduzidos a mercadoria. Agora, se “migrar” é um direito, por que tantos muros impedindo a entrada do migrante? Assim, é melhor roubar ou migrar? Como nos recordava sempre o grande Papa João Paulo II: Para a Igreja não há estrangeiro, somos todos irmãos”. Que onde há fronteira, nós unamos como irmãos! Nós podemos terminar com um pensamento do grande apóstolo dos migrantes, João Batista Scalabrini: a migração dá ao homem o mundo como pátria.
“Não maltratem nem oprimam o estrangeiro, pois vocês foram estrangeiros no Egito. Não prejudiqueis as viúvas nem os órfãos, porque se o fizerem, e eles clamarem a mim, eu certamente atenderei ao seu clamor. Com grande ira matarei vocês à espada, suas mulheres ficarão viúvas e seus filhos, órfãos” (Ex 22, 21-24).
“Não maltratem nem oprimam o estrangeiro, pois vocês foram estrangeiros no Egito.” (Ex.23, 9)
“Amem os estrangeiros, pois vocês mesmos foram estrangeiros no Egito.” (Dt10, 19)
“Não oprimirás o migrante. Vós bem conheceis a vida de um migrante, pois fostes migrantes na terra do Egito.” (Ex 23, 9)


Nossas Vozes, Nossos direitos
Por um Mundo Sem Muros




Autor: Pierre Dieucel

Um comentário:

  1. O artigo leva-nos a vislumbrar, as vezes até a se envergonhar de atitudos descriminatórias que temos em relação aos migrantes/imigrantes. A leitura do artigo abre nossa mente para a acolhida dos estrangeiros, pois eles também são construtores do Brasil multicultural, que temos hoje.

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